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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR NA ATIVIDADE FÍSICA E NO ESPORTE – ASPECTOS LEGAIS NA CONDUTA DO NUTRICIONISTA


Por: Glaucia Figueiredo Braggion 
Nutricionista, Mestre em Saúde Pública pela USP, Membro do CELAFISCS e Docente dos Cursos
de Graduação em Nutrição e Educação Física da Universidade São Judas Tadeu e do IMES em
São Caetano do Sul. Docente convidada dos cursos de Pós Graduação do Instituto Racine
Com a profissionalização das atividades físicas esportivas, a necessidade de se
buscar novos recursos para melhorar a performance tornou-se fundamental na luta por
resultados positivos no treinamento.
A ciência da nutrição esportiva é uma área do conhecimento relativamente nova,
principalmente quando comparada à idade de surgimento das primeiras lutas (as mais
antigas modalidades esportivas conhecidas) e tem sido bastante estudada atualmente.
Para que ocorra um bom planejamento dietético, o aprofundamento dos
conhecimentos sobre a nutrição esportiva e regras do esporte em questão são
fundamentais para o nutricionista. O que determina o direcionamento do tipo de dieta e/ou
suplementação nutricional dos atletas é a demanda fisiológica decorrente do esporte
praticado, devendo ser observadas as valências físicas predominantes nos diferentes
períodos de treinamento e por ocasião da competição, uma vez que existem diferenças
significativas no tipo de substrato energético utilizado em cada atividade.
O profissional que orienta a alimentação de atletas deve considerar cada uma das
etapas do treinamento além de preocupar-se com o controle do peso corporal, a ingestão
adequada de macro, micronutrientes e líquidos, a satisfação de aspectos sensoriais,
cognitivos e psicológicos envolvidos com o estresse da modalidade, além da manutenção
da saúde, que deve estar acima de qualquer outro objetivo de performance (DAVIS 2000,
GANDEVIA 1999).
O nutricionista em sua formação acadêmica não aprende de forma satisfatória os
conteúdos sobre fisiologia do exercício e do esforço, princípios do treinamento esportivo,
regras e características de diferentes modalidades, embora esses conhecimentos sejam
fundamentais para entender a demanda fisiológica e de nutrientes dos praticantes de
atividades, sejam elas recreativas ou esportivas de nível competitivo. Daí a importância do
trabalho em equipe multiprofissional, em que o educador físico e o fisiologista têm papel
fundamental em compartilhar informações, plano de trabalho e até aferição de resultados.
Outro caminho é vivenciar as modalidades estando no local de prática junto com o
atleta. Por mais que o profissional estude, apenas um convívio próximo com os
praticantes de atividades físicas vai proporcionar completo acesso às informações
necessárias para o bom planejamento da dieta e da suplementação.
Além dos aspectos técnicos e práticos, a alimentação exerce papel determinante
no âmbito afetivo, social e emocional das pessoas. Muitos atletas considerados
“profissionais”, ao serem questionados sobre sua rotina de treinamento, referem uma
característica marcante: o prazer. Isso  não pode ser negligenciado pelo profissional
nutricionista que dá suporte ao atleta. Se a prescrição dietética e de suplementos não
respeitar a satisfação e o prazer em alimentar-se e privar o atleta de um adequado
convívio social, essa prática pode ser altamente condenável.
O primeiro passo na conduta do nutricionista que trabalha com atletas é a
educação nutricional, ou seja, estimular como hábito uma alimentação balanceada e rica
em nutrientes. A partir de então, o foco  deve direcionar-se para a especificidade,
trabalhando o aporte adequado de substratos energéticos e de micronutrientes
requeridos, além de analisar fatores diretamente relacionados ao desempenho, como a composição corporal (variável esta fundamental para o sucesso esportivo), a hidratação e
até mesmo a suplementação (que na maior parte dos casos ocorre de forma
indiscriminada e equivocada).
É consenso que as necessidades nutricionais de atletas e praticantes de
atividades físicas são aumentadas em relação aos não praticantes, mas, essa maior
necessidade pode ser totalmente suprida por meio dos alimentos desde que o atleta
tenha uma alimentação equilibrada, balanceada e variada e que tenha condições de
ingerir todos os alimentos necessários em quantidades e qualidade adequadas de acordo
com a demanda física. Porém, muitas vezes a própria prática esportiva promove um estilo
de vida que inviabiliza essa ingestão alimentar adequada. Nesses casos e também nos
casos em que a busca pela superação, desempenho e máxima performance competitiva
estão presentes, a suplementação nutricional toma lugar de destaque.
Por definição, suplementos nutricionais são alimentos que servem para
complementar com calorias e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável,
nos casos em que sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou
quando a dieta requer suplementação (Resolução CFN n° 380/2005).


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