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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Pela segunda vez seguida, o catarinense Júnior Cigano viu seu próximo adversário no UFC cancelar o confronto por problemas de saude.


Se, no final do ano passado, o campeão do UFC Cain Velasquez alegou uma lesão no ombro para adiar a defesa do título contra o brasileiro, na noite da última quinta-feira (13) Brock Lesnar voltou a apresentar sintomas de diverticulite e cancelou o embate do dia 11 de junho, no Canadá. 

Para o lugar de Velasquez, os promotores da organização escalaram o também americano Shane Carwin, em duelo que vale vaga para disputar o cinturão dos pesados. 

- Ele é um bom wrestler, tem mãos muito pesadas e um boxe bom. Mas acho que o que vai fazer a diferença é o preparo físico, e estou trabalhando bastante nisso. 

Sem lutar desde agosto de 2010, quando venceu Roy Nelson por pontos, Cigano se prepara na Bahia para o seu compromisso na 131ª edição do evento. 

Acompanhe a entrevista exclusiva que Júnior Cigano concedeu ao portal R7

R7 - Cigano, como você recebeu a notícia do cancelamento da luta faltando apenas um mês para o duelo?
Cigano -
 Fiquei meio triste, mais uma vez uma luta minha caiu. Mas, ainda bem que conseguiram colocar o Shane Carwin, por que o que importa para mim é poder lutar. Não subo no octógono desde agosto do ano passado, preciso lutar, o oponente é o que menos importa. Estou me preparando bem e vou poder fazer um grande show no dia da luta. 

R7 - Tem mais detalhes sobre o estado de saude do americano?
Cigano -
 Disseram que o problema [diverticulite] do Brock Lesnar voltou, e ele infelizmente estava hospitalizado novamente. É uma coisa muito séria o que ele tem. Agora é botar a cabeça no lugar e aceitar, não tem o que fazer. Meu único desejo é que ele melhore. 

R7 - Na primeira vez que o Brock Lesnar sofreu de diverticulite ele ficou um ano afastado e disse que pensou em parar. Pela sua experiência que teve com ele, acha que pode sua carreira chegou ao fim?
Cigano -
 É difícil dizer para um lutador que chegou o fim. Quem é lutador, é porque ama a profissão. Se não amar esta carreira, você não consegue ser um atleta de resultado. É complicado dizer que é o ponto final para ele. Talvez isso até passe pela cabeça, mas quando ele se recuperar e ficar bem, espero que ele volte aos ringues. 

R7 - Seu oponente será o Shane Carwin. A mudança repentina atrapalha o seu treinamento?
Cigano -
 Não muda nada. Ainda não tive tempo de me reunir com o [Luis Carlos] Dorea, mas acho que não vai mudar em nada. O Carwin é perigoso, assim como o Brock, e a minha intenção é a mesma; manter a luta em pé. Acredito no meu boxe e vou buscar o nocaute.

R7 - E como você analisa o jogo do Carwin?
Cigano -
 Ele é um bom wrestler, tem mãos muito pesadas e um boxe bom. Estou treinando wrestling, que é um esporte em que eu me adaptei muito bem, e jiu-tsu também. Mas acho que o que vai fazer a diferença é o preparo físico, e estou trabalhando bastante nisso. 

R7 - O Carwin tem fama de não ter muita resistência. Isso pode ser uma estratégia?
Cigano -
 Com certeza nós vamos estudar esta parte também. Tanto que a primeira vez em que ele foi para o segundo round, ele perdeu a luta. Vou sentar com a parte técnica, com meus treinadores, e vamos desenvolver uma estratégia.

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