Após introduzir o judô, o jiu-jitsu e outras artes marciais no Brasil, a Polícia Militar de São Paulo se prepara para ser a pioneira na difusão de mais uma modalidade. Trata-se de uma adaptação do huka-huka, uma luta milenar indígena praticada pelos índios do Xingu. A Escola Superior de Soldados está adaptando as técnicas de luta para que a modalidade passe a integrar os esportes praticados na corporação.
Na última sexta-feira (13), policiais militares tiveram contato com os índios, em uma experiência única de aprendizado e ensinamento. O cacique Jucalo Kuikuro, um dos líderes indígenas mais importantes da atualidade, acompanhado de outros quatro índios, visitaram a Escola Superior de Soldados.
Durante o encontro, demonstraram um pouco do huka-huka, a única arte marcial genuinamente brasileira. Os índios explicaram a técnica e os fundamentos aos policiais militares. Na verdade trata-se muito mais do que uma simples luta – para os indígenas, marca o ritual de passagem dos jovens para a idade adulta.
“A demonstração foi na verdade um culto cerimonial e aos antepassados. A nossa sociedade ainda tem muito que aprender. Os indígenas têm uma visão de mundo extraordinária, de uma riqueza que não pode ser perdida, e cabe a nós cultivá-la”, disse o comandante da Escola Superior de Soldados, coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda.
Tradição e arte – O huka-huka é uma disputa praticada por dois oponentes que iniciam a luta de joelhos, com o objetivo de derrubar o adversário com as costas no chão ou segurar as suas pernas.
A luta é de caráter integrativo, baseado na ética e no espírito esportivo dos competidores e, por isso, não existe um juiz propriamente dito para essa modalidade, e sim um observador/orientador mais experiente, que é chamado de “dono da luta”, cabendo aos atletas reconhecer a derrota, vitória ou empate.
A arte marcial é praticada durante o Quarup, ritual em homenagem aos mortos celebrado pelo Xingu, e possui simbolismo competitivo, onde a força e virilidade dos jovens é testada.
Sabedoria e técnica – O primeiro contato com os policiais com o huka-huka foi através de vídeos na internet. Após a exibição da luta, foi realizada nessa quarta-feira (18) uma competição entre policiais militares e indígenas.
Foram 20 lutas, sendo 19 vencidas pelos índios e apenas um empate – mesmo com os PMs da Escola, mestres em diversas artes marciais.
“O fato de você ter um domínio da cultura ocidental não quer dizer que você seja mais forte. A experiência aumentou nos policiais o respeito e nos mostrou que nós temos muito que aprender com os nossos antepassados”, afirmou Arruda.
O encontro ainda contou com a presença de Marina Villas-Bôas, viúva de Orlando Villas-Bôas (1914-2002), um dos humanistas brasileiros que mais lutaram pelo povo indígena. Seus trabalhos foram reconhecidos internacionalmente, sendo indicado duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Difusão da cultura – Os ensinamentos passados pelos indígenas serão adaptados pela Escola e a modalidade será registrada em cartório, tudo com o consentimento e aprovação de Marina Villas-Bôas.
“Um dos fundamentos da Polícia Militar são os direitos humanos. Nós temos o compromisso muito forte de tornar o aluno um promotor dos direitos humanos. E um dos pontos principais é a questão da diversidade e do respeito às pessoas. O que estamos fazendo é uma preservação do patrimônio cultural brasileiro; esperamos que as pessoas passem a valorizar mais o que é nosso”, afirmou Arruda.
Na última sexta-feira (13), policiais militares tiveram contato com os índios, em uma experiência única de aprendizado e ensinamento. O cacique Jucalo Kuikuro, um dos líderes indígenas mais importantes da atualidade, acompanhado de outros quatro índios, visitaram a Escola Superior de Soldados.
Durante o encontro, demonstraram um pouco do huka-huka, a única arte marcial genuinamente brasileira. Os índios explicaram a técnica e os fundamentos aos policiais militares. Na verdade trata-se muito mais do que uma simples luta – para os indígenas, marca o ritual de passagem dos jovens para a idade adulta.
“A demonstração foi na verdade um culto cerimonial e aos antepassados. A nossa sociedade ainda tem muito que aprender. Os indígenas têm uma visão de mundo extraordinária, de uma riqueza que não pode ser perdida, e cabe a nós cultivá-la”, disse o comandante da Escola Superior de Soldados, coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda.
Tradição e arte – O huka-huka é uma disputa praticada por dois oponentes que iniciam a luta de joelhos, com o objetivo de derrubar o adversário com as costas no chão ou segurar as suas pernas.
A luta é de caráter integrativo, baseado na ética e no espírito esportivo dos competidores e, por isso, não existe um juiz propriamente dito para essa modalidade, e sim um observador/orientador mais experiente, que é chamado de “dono da luta”, cabendo aos atletas reconhecer a derrota, vitória ou empate.
A arte marcial é praticada durante o Quarup, ritual em homenagem aos mortos celebrado pelo Xingu, e possui simbolismo competitivo, onde a força e virilidade dos jovens é testada.
Sabedoria e técnica – O primeiro contato com os policiais com o huka-huka foi através de vídeos na internet. Após a exibição da luta, foi realizada nessa quarta-feira (18) uma competição entre policiais militares e indígenas.
Foram 20 lutas, sendo 19 vencidas pelos índios e apenas um empate – mesmo com os PMs da Escola, mestres em diversas artes marciais.
“O fato de você ter um domínio da cultura ocidental não quer dizer que você seja mais forte. A experiência aumentou nos policiais o respeito e nos mostrou que nós temos muito que aprender com os nossos antepassados”, afirmou Arruda.
O encontro ainda contou com a presença de Marina Villas-Bôas, viúva de Orlando Villas-Bôas (1914-2002), um dos humanistas brasileiros que mais lutaram pelo povo indígena. Seus trabalhos foram reconhecidos internacionalmente, sendo indicado duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
Difusão da cultura – Os ensinamentos passados pelos indígenas serão adaptados pela Escola e a modalidade será registrada em cartório, tudo com o consentimento e aprovação de Marina Villas-Bôas.
“Um dos fundamentos da Polícia Militar são os direitos humanos. Nós temos o compromisso muito forte de tornar o aluno um promotor dos direitos humanos. E um dos pontos principais é a questão da diversidade e do respeito às pessoas. O que estamos fazendo é uma preservação do patrimônio cultural brasileiro; esperamos que as pessoas passem a valorizar mais o que é nosso”, afirmou Arruda.
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