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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Com pesados no primeiro dia, judô já pode levar sua centésima medalha

Daniel Hernandes, Rafael Silva, judôLéo Barrilari/GazetaPress
Rafael Silva (de azul, lutando com o também brasileiro Daniel Hernandes) é estreante em Pan e tenta "não perder o foco" na Vila, em evento multiesportivo
Terceiro esporte brasileiro com mais medalhas conquistadas em Jogos Pan-Americanos - 97 no total, com 25 ouros, 29 pratas e 43 bronzes -, o judô inicia sua participação em Guadalajara nesta quarta-feira (26) pronto para chegar à sua centésima medalha em 12 edições na história da competição. Na primeira rodada, ao contrário da maioria dos eventos, lutam os mais pesados: Rafael Silva (+100 kg), Maria Suelen Altheman (+78 kg) e Luciano Correa (-100 kg) – que poderá conquistar a medalha histórica para seu esporte.

O judô só perde em medalhas para a natação (158) e o atletismo (142). Para este Pan, a equipe tem grandes expectativas, com nove estreantes em eventos multiesportivo. As lutas em Guadalajara serão iniciadas às 14h de Brasília, com finais a partir das 20h.

Ney Wilson, coordenador técnico da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), antes de seguir para o sorteio das chaves na terça-feira (25), já confirmava ao R7 que acredita em uma contribuição de peso do judô para o Brasil se firmar como segundo colocado no quadro geral de medalhas de Guadalajara.

- Temos chance de pódio nas 14 categorias. E com um número razoável de ouros, para ajudar o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) a chegar a esse objetivo, do segundo lugar [atrás apenas dos Estados Unidos).

Ney preferiu não destacar o crescimento da categoria feminina, dizendo que a equipe brasileira, de 14 judocas, é homogênea.

Brasil tem atletas de destaque mundial

Leandro Guilheiro, um dos principais judocas do país na atualidade (bronze em Atenas 2004 e Pequim 2008 e prata no Pan do Rio 2007), vê o Pan de Guadalajara como parte do ciclo olímpico.

- Vou lutar extremamente motivado. Estou feliz por ter a chance de disputar duas edições consecutivas do Pan. É diferente de tudo o que existe no Circuito Mundial da FIJ.

Tiago Camilo é o outro medalhista olímpico que lutará neste Pan: tem prata da categoria -73 kg de Sydney 2000 e bronze da -81 kg de Pequim 2008 (além do ouro no Mundial do Rio de Janeiro 2007).

Luciano Corrêa (ouro), Leandro Cunha (duas pratas), Mayra Aguiar (prata e bronze), Rafaela Silva (prata) e Sarah Menezes (dois bronzes), são outros medalhistas de Mundiais que estão em Guadalajara.

Os pesados

O pesado Rafael Silva, um dos estreantes em Pan, diz que está tentando não sair da rotina de “treinar, comer e descansar”, sem cair na “armadilha” do clima com atletas dos vários esportes.

- Procuro conversar com amigos, mas me policio o tempo todo para não perder o foco. 

Maria Suelen Altheman, também pesado, gostou de sua categoria iniciar a competição, ao contrário de outros eventos.

- Treinei bastante e a equipe inteira está bem preparada. Abrir a competição é ótimo, porque sai logo a ansiedade e o estresse.

Campeão mundial em 2007, no Rio de Janeiro, Luciano Corrêa ressalta a importância da experiência.

- Foi fundamental para o meu ouro no Mundial. Estou muito estimulado para lutar aqui em Guadalajara - é um título que não tenho.

Além disso, é um evento fundamental para ganhar confiança para os próximos torneios. Todo Pan é grandioso e aqui não seria diferente, pois é uma prévia dos Jogos Olímpicos.

Na última edição do Pan, no Rio 2007, o judô brasileiro somou 13 medalhas.

A equipe

Sarah Menezes (48 kg), Erika Miranda (52 kg), Rafaela Silva (57 kg), Katherine Campos (63 kg), Maria Portela (70 kg), Mayra Aguiar (78 kg), Maria Suelen Altheman (+78 kg), Felipe Kitadai (60 kg), Leandro Cunha (66 kg), Bruno Mendonça (73 kg), Leandro Guilheiro (81 kg), Tiago Camilo (90 kg), Luciano Corrêa (100 kg) e Rafael Silva (+100 kg).
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