Fernando Portugal
A Copa do Mundo de Rúgbi 2011 está chegando ao seu final e já começa a deixar saudade. Foi a primeira vez que nós brasileiros pudemos contar com uma cobertura completa de uma competição mundial deste esporte.
Apesar das emissoras de TV, que transmitiram este Mundial, serem canais pagos, o Terra, agindo com pioneirismo, tornou este evento acessível a todo e qualquer brasileiro que tivesse interesse em acompanhá-lo.
Ainda falta o jogo da grande final, mas posso dizer que foi um Mundial muito equilibrado, apesar da repetição dos finalistas de quase todos os outros anos.
Os jogos foram todos muito competitivos, inclusive aqueles entre seleções de níveis diferentes. A Geórgia, por exemplo, lutou muito contra adversários tradicionais e fez uma excelente competição.
Outra grata surpresa foi Tonga, que venceu uma das finalistas deste Mundial, a França, em um jogo que pode ser considerada a maior zebra de todos as Copas do Mundo.
Samoa, apesar de poder ser considerada uma seleção tradicional, não tem a estrutura e poder financeiro que as grandes potências, mas neste Mundial jogou muito. Fez uma partida histórica contra os sul-africanos e contra os galeses, duas grandes seleções do rúgbi mundial.
Esses foram somente alguns exemplos, entre tantos outros. A conclusão que consigo tirar é que, aos poucos, o rúgbi mundial vai se nivelando e as seleções, que antes não tinham chances, hoje conseguem fazer jogos muito parelhos contra as equipes mais potentes.
Um fator decisivo deste equilíbrio é justamente o que causa este desnível: o profissionalismo.
Todas as seleções desta competição contam com jogadores profissionais e isso eleva muito a qualidade física e técnica dos jogadores, mas permite que as equipes com mais estrutura e poder financeiro se sobressaiam sobre as demais.
Em outros Mundiais o equilíbrio entre uma seleção mais forte e uma de menos tradição não passava dos 20, ou 30 primeiros minutos de jogo. A partir daí, a defesa já não resistia e os placares passavam a se dilatar.
Neste Mundial o equilíbrio permaneceu durante todo o primeiro tempo, e grande parte da segunda metade do jogo. A diferença se fazia pela qualidade técnica individual dos jogadores e pela organização coletiva da equipe. Outro fator que contribuiu para definir as partidas nos últimos minutos foram os jogadores do banco de reserva.
As madrugadas já estão mais tranquilas, mas ainda falta o jogo da grande final: Nova Zelândia x França. Um jogo que terá um resultado histórico, independente de quem vença.
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