Não aceite criticas de quem não sabe o que você sofre!
Aqui é o local dos guerreiros, lutadores, esportistas, atletas, professores, alunos e de quem faz a diferença em seus projetos sociais em busca de uma vida melhor para a maioria! Força, atitude e coragem esse é o lema dos vencedores!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

UFC 137 Penn vs Diaz: Prévia do card preliminar


UFC 137 será realizado neste sábado no Mandalay Bay Events Center, em Las Vegas, após sofrer alterações em seu card devido aos mais diversos motivos. Estas contusões e confusões mexeram no casamento das lutas, mas a qualidade do evento continua alta, e a promessa é de lutas movimentadas.
Nas preliminares teremos um combate sensacional entre os leves Dennis Siver e Donald Cerrone. Na mesma categoria lutam o vice-campeão do TUF 13 Ramsey Nijem e Danny Downes. Em um duelo entre ameaçados de degola, Brandon Vera recebe uma nova chance contra Eliot Marshall pela divisão dos meio-pesados. Tyson Griffin tenta escalar a divisão dos penas contra o polonês Bart Palaszewski.
Completam o card dois duelos entre médios: Chris Camozzi volta ao UFC para enfrentar o francês Francis Carmont e os americanos, estreantes no UFC, Dustin Jacoby e Clifford Starks lutam pela manutenção da invencibilidade. Como tem sido um recente e agradável costume, o canal Combate transmitirá todo o evento, incluindo as preliminares, a partir das 19:15h.

Dennis Siver (ALE) vs. Donald Cerrone (EUA)

O UFC estabeleceu uma nova política de marketing, escalando sempre uma luta com grande expectativa de atração de público fechando o card preliminar, para que, com a exibição em canal semi-aberto nos EUA, possa alavancar a venda de pacotes com o evento principal. Somente por este motivo o combate entre estes dois candidatos a desafiante da divisão dos leves não está no card principal.
Dennis Siver é um lutador de carreira curiosa. Este russo naturalizado alemão foi demitido em sua primeira passagem no UFC com 1-3 e o rótulo de lutador medíocre. Ganhou nova chance com a primeira edição do UFC na Alemanha e apresentou ao evento um novo lutador, consistente e completo. Tem um nível de trocação altíssimo, combinando socos fortes e chutes violentos no corpo do adversário (alguns em forma de coice). Vem de oito vitórias em suas últimas nove lutas, com Spencer Fisher, Andre Winner, George Sotiropoulos e Matt Wiman entre suas vítimas. Aproveita seu porte físico baixo e muito forte para ser eficiente em defesas de quedas e para lutar em ritmo intenso em todos os minutos da luta.
Donald “Cowboy” Cerrone é um osso duríssimo de roer. Os brasileiros Charles “Do Bronx” Oliveira e Vagner “Ceará” Rocha sentiram o quanto isso é verdade nas últimas duas lutas do americano, que fez fama no WEC ao vencer sete de dez lutas, incluindo a revanche contra o ex-campeão Jamie Varner, e travar duas batalhas épicas contra Ben Henderson (entre elas, a melhor luta de 2009). Grande caçador de bônus, já levou sete entre WEC e UFC. O Cowboy é um lutador completo, bom na trocação e no jiu-jitsu, e vem melhorando seu nível de wrestling. Atravessa ótima fase física e técnica e vem esbanjando confiança nos últimos combates, alcançando um nível que muitos analisam ser o mesmo que seu algoz no WEC Henderson.
Este é um combate interessante demais de se analisar, entre dois atletas fortes, resistentes, valentes e talentosos e que, além disso, atravessam fase excepcional. Acredito que os dois buscarão o combate na trocação inicialmente. Alguém só deverá buscar uma queda se surgir grande brecha, ou se tiver levando atraso no combate em pé. Em duelo de difícil e perigosa aposta, coloco minhas (poucas, quase nenhuma) fichas numa vitória de Cerrone em decisão apertada e candidata à luta da noite.

Tyson Griffin (EUA) vs. Bart Palaszewski (POL)

Tyson Griffin era um candidato a desafiante do cinturão dos leves, com um início promissor no UFC e fama de brazilian killer. Alcançou um cartel de 14-2, com o detalhe de ser o único (na época) a ter vencido o então campeão dominante dos penas do WEC, Urijah Faber. Foi assim até perder para Evan Dunham, que o fez entrar em parafuso e emendar três derrotas consecutivas. Este retrospecto negativo o fez optar por descer de categoria, até mesmo pela manutenção do emprego, apesar do prestígio razoável que ainda mantinha. Lutando em 145 libras (66kg), derrotou o perigoso Manvel Gamburyan em seu último combate. Mais uma vitória já deve alçar este wrestler técnico, incansável e de boxe muito eficiente ao rol de prováveis desafiantes ao cinturão.
Bart Palaszewski (é a última vez que escreverei seu sobrenome; daqui pra frente o tratarei pelo homônimo do primogênito da família Simpson) é um lutador aguerrido, experiente, dono de um boxe acelerado e boa resistência física. Fez uma carreira decente no WEC (4-3) com uma vitória importante contra o futuro campeão Anthony Pettis no WEC 45. Com 48 lutas no cartel (34-14), a maioria em eventos regionais nos EUA, este polonês faixa preta em jiu-jitsu também tem um bom jogo de finalizações que já lhe garantiram onze vitórias. Bart fará sua estreia no UFC contra um lutador que costuma negar acesso a praticantes da arte suave.
O americano, aluno de Randy Couture, deve buscar um jogo de quedas e ritmo alucinado em toda a luta. Costumava ter sucesso até sua queda de rendimento já citada. A tendência é que se imponha e leve o combate na decisão. Para Bart resta tentar uma guarda ofensiva e buscar uma finalização, ou achar um golpe violento e nocaute antes de ser quedado, como esperado.

Brandon Vera (EUA) vs. Eliot Marshall (EUA)

Brandon Vera surgiu como uma grande promessa na divisão dos pesados do UFC e, em um momento de megalomania, afirmou que desejava conquistar e manter os cinturões dos pesados e dos meio-pesados. Mas a realidade tratou de colocar o talentoso praticante de muay thai em seu devido lugar, deixando clara sua irregularidade acima da média. Após deixar sob derrotas a divisão dos pesados, seguiu com sua instabilidade entre os meio-pesados e chegou a ser demitido do UFC. A organização voltou atrás após a confirmação do doping de Thiago Silva, transformando a vitória do brasileiro (que seria a terceira derrota seguida de Vera) em um no contest. Além do muay thai afiado, tem uma boa base de wrestling e um jiu-jitsu decente, mas não se sabe a que ponto seu frágil emocional pode o deixar na mão mais uma vez.
Seu adversário é o também americano Eliot Marshall, lutador formado no evento Ring of Fire que está em sua segunda passagem pelo UFC. Foi estranhamente demitido em 2009 após três vitórias, inclusive sobre Jason Brilz e Vinny “Pezão” Magalhães, e uma derrota em decisão dividida para o casca-grossa Vladimir Matyushenko (no mesmo dia em que Vera foi tratorizado por Jon Jones, no UFC On Versus 1). Voltou ao maior evento do mundo após três vitórias e enfrentou o brasileiro Luiz Banha, quando foi nocauteado no primeiro round. Está novamente pressionado por uma vitória. Marshall tem evoluído na trocação, mas é muito dependente de seus golpes abertos e cruzados, o que pode ser um problema contra um trocador de elite como Vera, mas sua principal força é no grappling: foi nove vezes campeão do Grapplers Quest e tetracampeão pan-americano de jiu-jitsu, tendo obtido metade de suas dez vitórias no MMA por finalização.
Marshall parece ser um adversário sob medida para uma recuperação de Vera, pois está muito aquém na trocação e não imagino que terá facilidade para levar a luta para o solo. Se o psicológico de Vera não o entregar, aposto em uma vitória por nocaute do “Truth”.

Ramsey Nijem (EUA) vs Danny Downes (EUA)

Ramsey Nijem é um americano de origem palestina, participante do TUF 13, quando foi vice-campeão ao ser nocauteado por Tony Ferguson no round inicial na luta final. Ganhou fama no programa pelo estranho hábito de tornar pública a imagem de seu traseiro. Foi um grandewrestler na universidade (NCAA Divisão I) e carrega este estilo para suas lutas de MMA. Treinando na Academia Riven com Josh Burkman e Court McGee, tenta alcançar uma maior técnica de trocação, já que no reality show somente usava e abusava de mata-cobras neste aspecto do jogo. Tem ótima altura para a divisão, mas como seu estilo prioriza o jogo de quedas e não a técnica na trocação, não faz bom uso da envergadura e sente carência de potência muscular no jogo de quedas contra wrestlers, abundantes na divisão.
Este não é o caso de Danny Downes, aluno de Duke Roufus, companheiro de treinos de Anthony Pettis, especialista em trocação, baseado em muay thai e taekwondo. Após enfrentar e vencer sete oponentes desconhecidos, perdeu para Chris Horodecki no WEC e Jeremy Stephens em sua estreia pelo UFC. Entre estas derrotas, sua vitória mais importante foi contra o chinês Tie Quan Zhang, no último evento do WEC. Com cinco de suas oito vitórias por nocaute, certamente vai procurar impor sua técnica de trocação contra a “grosseria” de Nijem.
É de se esperar que Downes esteja treinando com intensidade a defesa de quedas, porém acho difícil que se mantenha por muito tempo em pé contra Ramsey. O que Danny tem que buscar é rapidamente minar o adversário com muitos golpes, a fim de frustrar seu jogo, mas acredito que o “Stripper” consiga pontuar com quedas e golpes no ground and pound e leve a luta por decisão.
fonte:

Nenhum comentário: