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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Lista de futuros reforços para o UFC


Quando o UFC inaugurou a categoria dos moscas, publicamos um artigo dando um panorama da divisão, mostrando quem poderia ser aproveitado das categorias de cima, os principais talentos no mundo fora da Zuffa e brasileiros que tinham tudo para chegar ao maior evento de MMA do planeta.
Pegando carona em um pedaço daquele texto, resolvemos montar uma lista de novos valores que podem chegar ao UFC nas demais categorias. Demos preferência a atletas jovens e com potencial para não ser apenas mais um. Fugimos também dos nomes óbvios (Eddie Alvarez,Patricio PitbullPat Curran e etc.), pois consideramos que é questão de tempo para alcançarem o UFC. Para chegar à lista final, alguns lutadores foram remanejados de categoria, visando posicioná-los onde possam ter mais sucesso.

Peso pesado: Guram Gugenishvili

Natural da Geórgia, 25 anos, o monstruoso peso pesado de 1,95m e 114kg tem tudo para tirar proveito das regras (e dos critérios de julgamento) vigentes no UFC. Owrestler é dono de um violento e incansável ground and pound que pode fazer miséria quando dominar um oponente contra a grade. Ele ainda completa o quadro dograppling com enorme eficiência em submissões. Das 11 vitórias na carreira, em nove os adversários foram obrigados a desistir perante um estrangulamento – o décimo bateu sob espancamento no ground and pound e apenas um cidadão chegou ao final, mesmo assim em 2009.
Atual campeão dos pesados do M-1 Global, Gugenishvili precisa melhorar muito na trocação, principalmente quando a categoria começa a mostrar em seu campeão que vale a pena investir na trocação e defesa de quedas. Como ele é jovem, tem tempo para evoluir.

Peso meio-pesado: Misha Cirkunov

Cirkunov nasceu na Letônia mas mora no Canadá desde a adolescência. Desenvolveu-se como um dos melhoresgrapplers do país, conquistando títulos nacionais no judô,wrestling (tanto no estilo livre quanto na greco-romana) e submission. Faz parte da Xtreme Couture, onde tem tudo para desenvolver ainda mais seu estilo explosivo.
Medindo 1,90m, o indivíduo possui uma massa muscular assustadora. Seu físico, aliado à técnica, o permite arremessar os oponentes ao solo e dominá-los por cima. Ainda precisa evoluir na trocação para ser considerado um lutador completo, mas ele já está no caminho certo. Tem cartel de 6-1 e atualmente luta no Score Fighting Series, onde recentemente o UFC foi buscar o canadense Chris Clements, que estreou no UFC 145, e Daron Cruickshank, que fez parte do elenco do TUF Live.

Peso médio: Marcos Rogério Pezão

Invicto em oito lutas como meio-pesado, Pezão recebeu uma chance no Strikeforce após bater Paulão Filho (na única vitória por decisão da carreira) em São Paulo. No evento americano, sucumbiu perante o ex-peso pesado Mike Kyle por decisão. Pediu licença ao Strikeforce e veio disputar o cinturão sul-americano do Shooto na semana passada. Acabou surpreendentemente nocauteado por Carlos Eduardo Cachorrão.
Mesmo antes da derrota de quinta-feira, Pezão havia decidido baixar de categoria. E isto será uma sábia decisão. O jovem de 23 anos e 1,87m combina muay thai com jiu-jitsu e tem duas bigornas nas mãos, além de aplicar os mais variados chutes violentos. Seu estilo agressivo e intimidador deve fazer estrago na nova divisão e chamar atenção de Joe Silva.

Peso meio-médio: Yuri Villefort

Yuri é o irmão mais novo de Danillo Índio, ex-UFC e WEC, atualmente contratado pelo Strikeforce. Ele também foi contratado pelo evento, mas uma cirurgia no joelho atrasou sua estreia. Com cartel de 6-0, o atleta da Blackzilians vislumbra ser uma versão melhorada do irmão. O Indiozinho tem a mesma base de judô e jiu-jitsu, a mesma agressividade no muay thai mas, desde que começou, aparenta ser mais talentoso que Danillo.
Treinando com atletas do nível de Rashad Evans, Villefort tem tudo para evoluir rapidamente e tornar-se um lutador completo. Para isso precisa trabalhar um pouco mais o wrestling, tanto o ofensivo quanto o defensivo. Com um pouco mais de experiência, vai chegar no UFC causando tumulto na forte divisão dos meio-médios.

Peso leve: Gunnar Nelson

Nascido na Islândia há quase 24 anos, Nelson tem credenciais animadoras. Ele é faixa preta de karatê, esporte em que começou aos 13 anos e conquistou títulos em seu país. Aos 17 passou a treinar jiu-jitsu e recebeu a faixa preta apenas quatro anos depois, pelas mãos de Renzo Gracie. A rápida evolução se justifica nos resultados: campeão pan-americano e vice mundial na faixa marrom e o mais incrível: semifinalista do ADCC 2009 na categoria absoluto, mesmo lutando contra oponentes muito mais pesados.
Invicto em 9 lutas, Gunni luta como meio-médio e ainda não enfrentou competição de nível no MMA. Como tem 1,79m e pouco poder de nocaute, talvez caiba uma redução de peso para tentar lutar como leve (vale lembrar que José Aldo é apenas 4cm mais baixo e luta como pena). Caso consiga mudar de categoria, deve se tornar um peso leve muito forte, fazendo aparecer mais a sua trocação técnica.

Peso pena: Jordan Burroughs

Burroughs ainda nem é lutador de MMA, mas seu futuro é promissor. O jovem de 23 anos é o atual campeão mundial e pan-americano de luta olímpica estilo livre e principal candidato à medalha de ouro olímpica em Londres. Ele é um dos quatro wreslers na história da NCAA que conquistaram o título da Divisão I e do Mundial da FILA num mesmo ano. Burroughs venceu todos campeonatos que disputou desde 2009.
Mas por que ele está nesta lista se sequer é lutador de MMA ainda? O fato de o wrestling ser o caminho mais curto para se obter sucesso no MMA atual seria uma resposta, mas ainda vou além. Questionado se vai migrar para o MMA, Jordan confirmou enfaticamente. Quando o entrevistador lhe perguntou por que algumas estrelas dowrestling não fizeram sucesso no MMA, sua resposta foi animadora: “Acho que nem todos se prepararam para lutar em pé”. Juntando as duas respostas, podemos imaginar que Burroughs tem treinado outros aspectos do MMA além da luta olímpica.

Peso galo: Rodrigo Ratinho

Ratinho precisava de duas coisas para alcançar o estrelato: uma equipe de ponta que pudesse desenvolvê-lo tecnicamente e experiência. A primeira ele já conseguiu, ao trocar a TFT pelaTeam Nogueira. A segunda, sua derrota no torneio do Bellator mostrou que ainda não é a ideal. Também pudera: o garoto vai fazer 21 anos na próxima semana.
O revés para Hiroshi Nakamura tirou a invencibilidade do carioca e deixou algumas lições. Rodrigo precisa de calma para entender quando uma luta sai do planejado. Seu ritmo intenso às vezes o faz tomar algumas decisões que podem custar caro adiante. Lutando no Brasil ele sempre conseguiu superar as adversidades. Agora no exterior, contra concorrência mais forte e num país que não costuma privilegiar guardas ofensivas, ele vai precisar cada vez mais diversificar seu jogo. Talento ele tem de sobra, assim como agressividade e coração. Como experiência vem com o tempo, a carreira no Bellator fará muito bem a ele antes do desembarque certo no UFC.
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